sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Como viver:


  • Tenha filhos;
  • Tenha animais;
  • Leia livros;
  • Vá ao cinema;
  • Viaje;
  • Compre um carro;
  • Arrisque;
  • Trabalhe duro;
  • Tenha um corpo sarado;
  • Nunca desista dos sonhos;
  • Desapegue;
  • Beba;
  • Dance;
  • Festeje;
  • SEJA VOCÊ MESMO (???).

Bônus: não seja hipócrita.
Bônus 2: use muito sarcasmo.
Bônus 3: contradiga-se (ou não).

E quando eu disser, sem ironia, como é pra viver a vida (porque eu vou fazer isso uma hora ou outra), me mande o link desse texto. Obrigado.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Tutorial: como me agradar no Facebook

Amigos, conhecidos, desconhecidos, senhoras, senhores e autoridades aqui presentes, hoje vamos aprender como postar algo no Facebook que seja do meu agrado. Vamos pecisar de:
  • Dispositivo eletrônico com acesso à internet;
  • Cérebro;
  • Mãos (ou nariz);
  • Tesoura sem ponta.

Primeiramente, gostaria de esclarecer que não sou daqueles que ocultam as publicações das pessoas chatas. No meu feed qualquer um tem a chance de brilhar (e de ser trollado). Tenho uma lista de pessoas muito interessantes que eu vejo todas as publicações e o resto fica sujeito aos algoritmos de relevância do Facebook.


O que não é legal:
  • "Bom dia", "boa segunda", "boa sexta", "boa semana", etc. Não acrescenta nada na minha vida. Quando acompanhado de imagens de bebês ganha um bônus. Um bônus negativo, claro.
  • #partiu[qualquer lugar que não seja interessante]. Cool story, bro. Sempre que vejo coisas desinteressantes recebendo curtidas imagino que as pessoas tão puxando o saco ou querendo comer.
  • #hashtagsespecíficasdemais. Servem pra me mostrar como tu não sabe pra que elas servem. Também pode ser sinal que tu é um piadista fracassado.
  • Indiretas. Destaque pra aquelas imagens ressaltando um defeito e a legenda "nossa, conheço muita gente assim".
  • "Odeio gente falsa" (deveria entrar nas indiretas, mas essa é a minha preferida). Adivinha só? Ninguém gosta. Se não fossem nossos momentos de falsidade a sociedade já teria entrado em colapso há muito tempo. Se tu acha que é sincero o tempo todo, tenho uma má notícia: tu não é sincero nem contigo.
  • Coisas de sites que eu preciso curtir a página pra ver o conteúdo. Se o site fosse bom não precisaria apelar.
  • Coisas sensacionalistas. Uma imagem sem fontes compartilhada por uma página qualquer parece ter muita credibilidade, né? Não. Dica: se parece absurdo procure fontes confiáveis. É um pouco de tempo investido que pode te poupar de fazer papel de trouxa.
  • Frases motivacionais. Talvez alguém, algum dia, compartilhe uma frase mind blowing que mude o jeito que eu vivo a minha vida. O normal é eu ler a frase e esquecer dela em minutos (sim, como quase tudo que passa pela minha memória). Geralmente são besteiras óbvias que a maioria já faz ou tenta fazer ou coisas generalistas que não tem nada a ver. Duvido que alguém lembre de um décimo dessas AIDS que já compartilhou.
  • Coisas de signos com a legenda "tão eu". Extra! Extra! 13 pessoas enganadas!

O que é legal:
  • Algo que aconteceu contigo.
  • Notícias relevantes, de preferência com tua opinião ou algo que chamou atenção nela.
  • Piadas. Aceito qualquer coisa acima do nível do tio do pavê. Sou inofendível (existe essa palavra?), mas não recomendo postar piadas ofensivas, pois a zoeira tem limites, as pessoas (não eu, as outras) têm sentimentos e tu pode ser preso.
  • Coisas de utilidade pública, ou individual, sei lá.
  • Peitos.

Tenho tanta esperança que esse post mude o conteúdo que aparece no meu feed quanto de que aqueles posts motivacionais mudem alguma coisa na vida de alguém.
Why would you block and unblock me?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Frio

Começou a temporada de (inúteis) discussões frio vs. calor. Como eu não vou ficar escrevendo a mesma coisa em cada post sobre o assunto, escrevi esse texto pra usar pelo resto da vida e pós-vida, se possível. Isso tá me custando minutos preciosos em que eu podia estar jogando Diablo, então vou ser breve.

Eu não gosto de frio. Por quê?

  • Frio dói.
  • Gripe (pego pouca, mas quase sempre por causa do frio).
  • Minhas mãos, cara. Todo dia eu tenho vontade de amputar os dedos. "Mas bota uma luva". Desculpa, eu passo 16 horas por dia com as mãos no teclado e meus dedos são grossos demais pra conseguir digitar usando luvas. Eu tenho frieiras. Minha pele racha.
  • Tomar banho vira um ritual que eu não quero começar e depois não quero terminar.
  • Meu pênis vira um amendoim.
  • Roupas. Dá trabalho se vestir. Dá trabalho se despir. Custa dinheiro.
  • Respirar ar frio depressa demais machuca a garganta (tipo correndo e tal).
  • Tomar cerveja perde a graça (ok, só uma parte).
  • Mulheres sem decotes.
  • Menos luz = depressão (não é exatamente culpa do frio, mas é relacionado).
  • Lábios rachados.
  • Sentar no vaso gelado.
90% do tempo (número cientificamente comprovado) do tempo eu não me importo com o frio. Claro, eu não me importo, porque eu não estou nele. Mas eu tenho que pegar ônibus, ir no mercado, tomar banho. Tenho que esperar o ar condicionado esquentar a sala que eu trabalho. E a minha roupa não cobre todo meu corpo. Tenho pouca gordura e pouco pelo (há controvérsias. Precisaria ser uma ovelha pra passar o inverno legal) pra me proteger. Esses 10% que sobram, me fodem sem meu consentimento, ou seja, estupro.

Aí as pessoas argumentam "mas o calor...". Onde tá escrito que eu gosto de cozinhar?(Cozinhar o meu corpo, não comida. É, não gosto de ambos.) O mundo não é binário (há controvérsias também). Apesar de eu preferir passar calor do que frio (ainda bem, porque a natureza me deu poros pra suar e não um pelego nas costas), o que eu tô dizendo aqui é que eu não gosto de frio. Ele me faz sofrer muito mais tempo do que o calor. Se eu tivesse sofrendo calor agora, estaria na sacada tomando uma cerveja e não escrevendo esse texto miserável.


Pontos positivos do frio: não é calor, pinhão e bergamota.

Obs.: nem tá frio agora, mas sem o drama perde a graça.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Eu acho

Oi. Meu nome é Diego e eu tenho 28 anos.

Eu acho.

Não lembro do dia que nasci, podia muito bem ter sido outro dia. Tá na minha carteira de identidade, sim, mas não quer dizer que seja impossível colocar outro dia. Meus pais podem mentir pra mim. Até tenho cara de 28 anos, não? Talvez eu pareça mais velho por causa da barba. Já me falaram algumas vezes que eu não tenho rugas (sim, sou lindo. Obrigado, obrigado), talvez eu seja mais jovem mesmo. Como eu vou ter certeza?

Acho que não vou.

Dizem que a sabedoria é proporcional à idade: mais velho, mais sábio. Sabedoria é ter mais respostas? Se for isso, não tá funcionando pra mim. Eu tenho mais perguntas. E as respostas que antes eram certezas, agora são: "deve ser", "provavelmente", "eu acho", "talvez", etc. E o pior é que parece que eu deveria usar essas expressões ainda mais. Como diria um amigo: "cada vez mais burro" (nem sei se cabe bem aqui, mas eu quis citar, porque é uma linda frase).

De vez em quando tento escrever minha opinião sobre alguma coisa aqui no blog ou no Facebook. Muitas vezes eu desisto por perceber que eu não sei nada. Começo a questionar meus argumentos e já era.

Acho que vou só fazer perguntas e falar merda daqui pra frente. Aliás, boa meta e belo desafio pra 2014: falar mais merda.

K: http://youtu.be/YInEKdjsT3w